Entendendo o Carnaval - Plágio da minha sobrinha

Demorei para entender o Carnaval, não o carnaval das escolas de samba, das baterias, das mulatas, dos carros alegôricos....E sim, o carnaval de rua. Era molequinho e vivia morrendo de medo dos bate-bolas, mal sabia que era uma cambada de idiotas fantasiados numa roupa super quente num calor terrível do Rio de Janeiro que passavam a noite toda atirando uma bola de plástico vagabunda no chão, o tempo todo, putz....

Depois cresci um pouco e entendi que carnaval é bom mesmo para ficar uma semana sem estudar, brincando, curtindo um samba, um pagode ou qualquer outro ritmo que estiver na moda.

Já trabalhando, com carro e um dinheirinho no bolso...percebi que carnaval é a melhor festa do planeta, só igualada ao Carnaval da Bahia, que é uma instituação à parte, apesar do nome, por que na verdade dura pelo menos uns 360 dias no ano. Isso não pode ser considerado um Carnaval...é quase uma orgia momesca.

A mulherada se solta, a putaria rola solta, não tem hora para acabar, a não ser na quarta-feira de cinzas ou depois dos resultados dos exames médicos. Mas até aí....você curtiu de montão e ainda pode mentir para o amiguinhos dizendo que ficou com mais (mulheres ou homens, depende do seu caso) que você realmente ficou que ninguém te chama de mentiroso. (Até por que estarão fazendo o mesmo).

Já casado, o carnaval fica meio sem graça, só podemos olhar, dançar só acompanhado, isso mesmo em algum ritmo lento, tipo marchinha de carnaval. E nada de mulatas, batuques desritmados, olhares gulosos, micos aos montes, fantasia de mulher, cornetinhas, perucas rosas e etc.

Meu Deus....esse deve ser o primeiro sinal da porra da velhice...Só falta me chamarem de tio, tiozinho...ou algo parecido...Aí é a morte.